Era uma vez, mas era bom que nao fosse.....o que vale é que era tudo invenção…

Não tendo nada para fazer ( + 1 vez ) , resolvi ver um filme..sobre o qual a escolha se revelou bastante díficil e cansativa, tendo a dita cuja final recaído num dos piores filmes que alguma vez vi..”Once upon a time in Mexico” .. e ainda bem que era “Once upon a time..” e que tudo aquilo era invenção… é impossível o Enrique Iglesias um indivíduo que só faz na vida aquilo que não sabe fazer, ir parar a um filme em que representa um mariachi o que implica saber cantar ( isso ele não sabe) , tocar guitarra ( muito menos ) e mais díficil ainda, fazer as duas coisas ao mesmo tempo ( o que no caso dele é igual a pedir a alguem que enfie o pé direito no bolso direito das calças ) .. Mas como já disse ainda bem que era tudo invenção.. o Enrique Iglesias continua a ser o mesmo panasca de sempre em que a sua unica qualidade é ter posto de molho a Kournikova ( mais uma que só faz na vida aquilo que não sabe fazer).
Foi neste filme que verdadeiramente me apercebi da magia do cinema. Não é nada facil fazer de um indivíduo, cuja contribuição para a sociedade é igual à contribuição de uma convenção de gays, e perguntando-se ?porquê?, o leitor rabichola vai ouvir a explicação : num concerto desse indivíduo, só lá vao raparigas a atravessar a crise da puberdade e gays, nas convenções gays só os afins, logo em ambos os casos, esses paradoxos da raca humana, ficam imediatamente identificados, podendo nos, machos latinos saber com quem podemos ou não ir jogar futebol, partilhar um quarto ,resumindo, entrar em contacto. Mas voltando a magia do cinema, como ia dizendo, é de facto mágico o facto de se ter tornado um individuo tão inutil numa personagem fictícia que sabe cantar, tocar guitarra e tudo ao mesmo tempo. Tal como é igualmente mágico todos os aldeões mexicanos saberem falar inglês.
Isto do “ Era uma vez…. “é um bocado intrigante e não me inspira grande confiança, se “ Era uma vez..”, já não é, ou se ainda é, então o “Era uma vez “ era mentira, e nós fomos durante anos alvos de um processo gradual de aprendizagem de histórinhas, cuja intenção era unica e exclusivamente , criar nas nossas cabecas, um mundo imaginário, que por sendo imaginário, não existe. Passo a explicar, quando somos pequeninos, o nosso cérebro assimila muito mais informacão do que em qualquer outra altura da nossa vida..se nos contam histórinhas, qualquer que seja ela comecada com o “Era uma vez”, estão a fazer com que nós nos formemos como pessoas, num mundo imaginário que como não existe é um mundo de mentiras e pergunto eu ao leitor rabicha, “ Ouve lá seu rabicha?? Quantas raparigas não sonham um dia, casar com um príncipe rico??Quantos rapazes não sonham casar com uma gaja boa dessas histórinhas de chacha, e pinála tanto de modo a ter filhos suficientes para fazer uma equipa de futebol??”.Tudo isto são sonhos que nunca se irão realizar e vão fazer destes futuros adultos, homens e mulheres sem sentimentos, revoltadas com o mundo. O leitor rabicha acha que vale a pena??
Mas o que mais me intriga é o porquê da conivência do cinema com esta chachada do “Era uma vez… “.Porquê é que continuamos a incutir nas nossas crianças,o futuro da sociedade, todas estas mentiras, porquê é que continuamos a dizer-lhes que todas as princesas são bonitas, que os animais falam, que as pessoas sabem voar e que o action man existe???Onde está a censura?? Nao será melhor proibir filmes como o Airbud de serem exibidos ( para quem não sabe, um cão que joga futebol melhor que o Ronaldinho)? E acabar de vez com a maior chachada da historia literária e cinematográfica, o Harry Potter???Este personagem não faz sentido nenhum, então pra quê deixá-lo corromper a infância das crianças da sociedade??
Eu, o Filho Pródigo, só sei que nada sei, mas as perguntas estão feitas e a explicação está dada…